As tintas guache do seu quadro já não me emocionam mais, sinto falta da verdade das cores que se fixam num pra sempre, e que sempre são restauradas tornando o eterno ainda mais eterno, porque só o que eu pinto é imperecível.
Por isso que eu bebo, que ando pelas ruas para me cansar e fumar os cigarros pelas outras bocas, para chegar em casa só tirar a roupa e ter sono para dormir sem precisar de remédios ou da companhia da TV que me canta músicas de ninar todo dia por efeito dos meus alucinógenos.
Queria um oráculo aberto em cima da cama que me dissesse com a sua própria voz rouca de cigana que vai ficar tudo bem assim que eu terminar de limpar a casa e colocar as cortinas pra lavar. Quebrar os vidros não vai adiantar, não vai curar sua falta de ar, deixar a porta sempre aberta tendo que aturar o vizinho porco te olhando com fome também não irá curar a sua falta.
Adoraria que as pessoas não rissem das minhas olheiras.
Adoraria que uma pessoa me fizesse um carinho me enxergando como uma mulher de verdade, que sente de verdade, e que é completamente magoável.
por May / São José dos Campos - SP
http://mayyoliveira.blogspot.com/
terça-feira, 11 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Não e só direitos iguais o que queremos!
Não sou feminista por diversão. Não brinco por direitos iguais. Eu brigo. Eu grito. Eu luto. Pelos meus direitos. O direito de escolher, retomar minha dignidade e ser dona do meu ventre. O direito de não ser vista como objeto sexual. De me divertir sem ser tachada de puta. De não ser mãe sem ser chamada de incapaz. De ser lésbica sem que me ofereçam um pinto como corretivo. De ser reservada sem ser julgada frígida. De poder ao menos ser. (Vista, ouvida e respeitada.)
O feminismo que eu acredito é mais que necessidade. È amor incondicional pelas mulheres. Que não são frágeis, e sim fragilizadas. São fortes, revolucionárias, competentes e resistentes. Mas são caladas e invisíveis por um mundo onde só há espaço e direitos para os homens. E a nós, resta o silêncio, o medo (muito medo) e os deveres.
Os direitos só serão realmente iguais quando a sociedade reconhecer que
mulher também é gente.
O feminismo que eu acredito é mais que necessidade. È amor incondicional pelas mulheres. Que não são frágeis, e sim fragilizadas. São fortes, revolucionárias, competentes e resistentes. Mas são caladas e invisíveis por um mundo onde só há espaço e direitos para os homens. E a nós, resta o silêncio, o medo (muito medo) e os deveres.
Os direitos só serão realmente iguais quando a sociedade reconhecer que
mulher também é gente.
sábado, 1 de maio de 2010
Mulher.
Quando ela passa
Percebemos o que eles vêem
Uma buceta ambulante
Pedaço de carne suculento
Mão de obra barata
Presa fácil
Potinho de prazer instantâneo
( Como eles são burros! )
Porque o que vemos
É a rebeldia contida
Prestes a explodir
O que nós vemos é a revolução.
Obrigação (?)
Ê mulher parideira
Mesmo sem eira nem beira
Tem que parir, mesmo que não queira
A lei é clara e cruel
Você bem sabe seu papel
Se não der cria não vai pro céu
Pouco importa seus sentimentos
Suas escolhas e seus tormentos
Farão de ti sempre maus julgamentos
Escolha? Não. Maternidade é obrigação
Aborto é crime, pecado, aberração
Chega de injustiça, apóie a legalização!
QUEM É CONTRA O ABORTO É CONTRA A MULHER!
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