sexta-feira, 27 de maio de 2011
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Segundo a pesquisa, 10 mulheres morrem vitimas de femicídio por dia no Brasil.
Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro apontam que 44 mulheres são vitimas de tentativa de homicídio por mês. Os acusados costumam ser parceiros ou ex-parceiros inconformados com a independência da parceira ou com a rejeição dela.
Mulheres, que são vitimas desse cárcere, muitas vezes calam-se para talvez tentar proteger o que restou de sua vida, já que leis e delegacias especializadas não têm conseguido protegê-las desse mal tão crescente. Pergunto-lhes então, minhas caras. O que têm feito esse tipo de crueldade crescer tanto? A impunidade? O silêncio de muitas de nós? A vista grossa do governo?
A sociedade parece estar regredindo. Talvez na tentativa de voltar a nos queimar em fogueiras?
Somos vítimas daqueles que permitem aos homens agir contra o ventre que os gera, e ainda assim, nos culpam.
Nos culpam sim! Pelo estupro, pelo abuso e pela agressão que NÓS sofremos todos os dias. Tanto em lares aparentemente tranquilos quanto em conduções lotadas de homens que não conseguem controlar seu instinto sexual animalesco.
E isso só no Brasil.
Para sabermos a dimensão do sofrimento feminino em outras partes do mundo, podemos começar pelo Paquistão, onde em casos de estupro, 4 homens religiosos devem testemunhar a favor da vitima, e se as acusações não forem comprovadas a mulher pode ser condenada a morte por sexo imoral. Na África as mulheres são consideradas seres inferiores. Especificamente em Uganda, os homens têm direito reconhecido por lei de agredir fisicamente a mulher. Na Índia, em média 5 mulheres são queimadas por dia. Em Bangladesh os atentados acontecem devido a disputas de dotes, onde as mulheres são queimadas com ácido, ficando marcadas eternamente.
Já no continente americano, na Bolívia, os agressores só são punidos se a mulher ficar incapacitada por mais de 30 dias. No Paraguai a lei perdoa homens que matam mulheres flagradas cometendo adultério. No Peru, a maior parte das adolescentes grávidas, foram vitimas de estupro.
E como última prova da cruel sociedade que as mulheres enfrentam, nos EUA, a cada 6 minutos uma mulher é estuprada.
Mesmo depois de todas essas demonstrações de privação de liberdade, a que nós MULHERES somos submetidas, ainda existem pessoas que afirmam com uma convicção irritante que nossa causa é ultrapassada.
Pois que seja, lutamos ontem, lutaremos hoje e amanhã.
Pelas guerreiras e também pelas que se submetem.
Pois o futuro é próximo, e olhando daqui, parece que não vai ser belo.
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Mayara - São José dos Campos, SP
collerica.blogspot.com
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Ave Maria, isso cheira a desgraça!
O suor seco pelo vento.
O rosto pálido pelo frio.
Ela anda de lá... pra cá.
De cá... pro bar.
Ninguém diz a ela algo que valha a pena escutar.
Surtar às vezes é preciso quando por muito tempo existe raiva guardada dentro de si.
Ela pisa forte. Afia os olhos. Range os dentes. Fecha a cara.
Ela não é mais aquela que apanha e diz amém.
Ninguém pode suportar essa santidade toda.
Gritar pelo nome desse Deus que não peca, já não é alivio.
Ser mulher do senhor não lhe dar prazer, não à faz gritar nem subir pelas paredes.
Ela não acredita em nenhuma força superior, pois se a força é boa e indispensável que não fique acima e sim na altura dos olhos.
Ela gosta é do cara-a-cara.
Acima dela NADA!
Rayssa - BH, Minas Gerais
rainhacoma.blogspot.com
terça-feira, 17 de maio de 2011
Lei Maria da Penha
O Senado aprovou, no dia 27 de Abril de 2011, um projeto de lei, no qual fica permitido a testemunhas de agressões cometidas contra a mulher, o direito de registrar ocorrência, com base na Lei Maria da Penha
Segundo a Secretária Nacional de Enfrentamento à violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, “O mais importante desse projeto é que vai acabar com aquela história de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”.
O projeto foi aprovado em caráter terminativo pela Comissão de Constituição e Justiça, sendo assim segue direto para analise da Câmara sem a necessidade de ser votado em plenário.
Com relação a processos que são constantemente suspensos, a Lei Maria da Penha prevê, no artigo 41, que não se deve suspender processos em caso de violência contra a mulher, porém o que ocorre atualmente e com certa freqüência é a aplicação da lei 9.099/95 do Código de Processo Penal, que permite suspensão do processo quando o caso é considerado de “menor potencial ofensivo”.
Perante esses acontecimentos e o crescimento do número de agressões contra mulheres no país, sabe-se que a discussão sobre a Lei Maria da Penha e suas brechas, está longe de ter um fim.
Acredita-se que através dessa nova lei, o número de agressões e homicídios tenham uma queda significativa. Assim como declarou Marta Suplicy, “Estava na hora dessa proteção para a mulher. O que desejamos é que a lei seja usada para que a mulher apanhe cada vez menos e que os juízes não interpretem que uma surrinha de vez em quando não faz mal”
Segundo organizações feministas em 10 anos morreram 41.532 mulheres vitimas de homicídio, sendo assim o Brasil encontra-se no 12º ranking mundial de assassinato de mulheres.
Fontes: http://socializandonoticiaseideias.blogspot.com/
http://www.guiame.com.br/