terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Seja como for somos os altares de quem precisa estar aqui, unidas pelo clitóris do sino que bate a meia noite. É noite! Feitoras de todos os sacrilégios. Ave Marias cheia de raça! Se quebram os vitrais e os santos saem dos pedestais atirando seus mantos na fogueira: somos todos iguais! Aqui todo mundo faz milagre. Não queremos o sombrio, muito menos o branco tedioso que nos prometem, já estive no céu, onde as pessoas continuam vivas, e é colorido lá! E tudo é verdade, a mais pura verdade...as assombrações que via Joana D'ark: Bendita sua voz entre as mulheres. tenho insetos de estimação: um zângão e uma abelha rainha. Minha paz encontro nas guitarras que gemem ao serem tocadas...é estranho, calendoscópico. A paz é de quem tem, eu tenho o caos, espadas e mudas de arruda.





Por Mayara de Oliveira
(SJC-São Paulo)
http://collerica.blogspot.com/

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Marias Madalenas

As pedras vem de todas as direções.
Certeiras, atingem a alma antes de tocar a pele.
Se o corpo estirado na calçada causar alguma reação,
é devido ao cheiro forte da decomposição.


E onde habita a tal justiça divina?
Nesse ato
?


Por Báh
http://www.trezeedonovee.blogspot.com/
Antigo:
http://1-98-9.blogspot.com/

domingo, 5 de setembro de 2010

É o que sou. É o que somos.

para as beatas, eu sou puta
para os meus pais, uma santa
para os babacas, depósito de esperma
para as feministas, companheira de luta
para os inimigos, eu sou ridícula
para os irmãos, fantástica
para os patrões, eu sou mão de obra barata
para os explorados, igual a eles
No entanto o que eu sou?
Classificada, rotulada, julgada

Mas com muito orgulho: mulher